Guerra de Consoles – Ou “Guerra…A guerra nunca muda”.
Guerra de Consoles – Ou “Guerra…A guerra nunca muda”. Americanos de um lado e asiáticos do outro. Um tem o maior poder de destruição já visto o outro diz ter e que aguenta o tranco.
Guerra de Consoles – Ou “Guerra…A guerra nunca muda”
Outros envolvidos recomendam um acordo diplomático, um dos lados até tenta, mas o outro se nega.
Demonstrações de poder de ambas partes surpreendem. E deixam todos apreensivos quanto ao futuro.
Isso até poderia ser um U.S.A. X Coréia do Norte, mas é a, já, clássica guerra de consoles travada entre Microsoft e Sony. Xbox e Playstation. Entretanto, embora não haja lá uma amizade entre as duas empresas, no que cabe a elas o que acontece é o bom e velho mercado atuando. Afinal “minha marca tem que vender mais”, e eles não estão errados.
Mas a guerra mesmo é travada em outro local. Nos bastidores? Não. É bem mais as claras, alias, quanto mais em evidência melhor. Por que essa guerra é travada entre Nathan Drakes e Master Chiefs. Marsupiais e rapozinhas. Turismos e Horizontes.
É uma guerra travada fortemente nas redes sociais rodando a mil grau. É uma guerra de fãs. Fanboys!
Fanboy (definição por Wikipédia)
(no feminino, fangirl) é um termo descritivo, muitas vezes depreciativo, para definir uma pessoa que é fã de forma excessiva por um produto, pessoa ou empresa; que se demonstra ao defender fortemente sua opinião a respeito do assunto. O termo geralmente está interligado à cultura nerd.
Estudiosos – provindos de grandes escolas formadoras, como Facebook e Twitter – se aplicam noite e dia para entender mais afundo esse embate que já dura anos, e não dá sinais de que terá um fim tão cedo.
De onde saiu essa rivalidade, esse ódio? Quais as vantagens e desvantagens de escolher um lado ou o outro? O que as empresas oferecem para seus fiéis escudeiros?
Vamos mergulhar em Rupture… Ou melhor, nesse mar de questionamentos e encarar essas dúvidas!
O Inicio OU “Por que todas as civilizações antigas são mais avançadas que a nossa?”
Em 1998 a gigante dos computadores resolveu se embrenhar no mundo dos joystick. A Microsoft pegou a equipe do DirectX e fez a rapaziada queimar massa cinzenta e criar um bichão para poder mergulhar nas cifras em que Mario e Jak e Daxter estavam mergulhados.
Em 2001 havia chegado ao mercado o Xbox (nome em homenagem ao DirectX). E o bichão era brabo. No mercado havia o Playstation 2 e o Game Cube, como consoles de maior relevância, e o Xbox já chegou metendo o pé na porta como o console mais potente. Lógico que ele tinha pontos baixos, como o tamanho do trambolho e o controle que era lá muito confortável. Coisas que foram corrigidas com tempo.
Mas a Microsoft não iria trazer um console sem outros grandes atrativos. E eles vieram para revolucionar o mercado. O serviço online LIVE foi apresentado já no primeiro console da empresa. Eles queriam uma forte plataforma multiplayer – afinal são uma empresa que mexe diretamente com isso – e a Live conquistou muitos jogadores. Os outros consoles só conseguiram estabelecer serviços online nos anos posteriores, e mesmo assim com uma qualidade inferior.
Além disso acabou com muito do monopólio de jogos exclusivos que a Sony tinha e lançou franquias magnificas como Halo e Forza que tem fãs fiéis até hoje.
O primeiro Xbox teve maior reconhecimento no ocidente do que no oriente. Isso acabou impactando muito, o Playstation 2 tinha uma dianteira invejável e não tinha como ser batido em número de consoles vendidos. Mas ainda assim o primeiro Xbox não fez feio e garantiu um ótimo segundo lugar nas vendas dos consoles daquela geração, deixando o Game Cube da Nintendo em terceiro.
A Sony com seu Playstation já havia conquistado o amor dos gamers com diversos títulos e reinaria suprema na próxima geração se não fosse pela Microsoft. Assim o Playstation 2 pode ter sido o rei de sua geração, mas teve um rival a altura. E o inicio de uma rivalidade criada pelos usuários estava nascendo.
Na geração ‘Playstation 3/Xbox 360’ é que a divisão ficou mais gritante. Não bem uma divisão, mas uma pirraça por aqueles que escolhiam uma plataforma pra chamar de sua e resolviam ignorar completamente a outra.
O Xbox 360 saiu um ano antes do Playstation 3 e veio todo tunado. Os games mutiplataforma rodavam melhor nele, suporte em HD, kinect, e um forte serviço online – que acabou se tornando exemplo para as outras plataformas. Já o Playstation 3 teve que correr atrás do prejuízo. Com o tempo acabou se recuperando, com bons títulos exclusivos e a adição de um drive bluray, que se sagrou campeã na disputa de mídias dominantes na disputa entre a Sony (Bluray) e a Toshiba (HD-DVD) que é a com a qual o Xbox 360 trabalhava.
Mesmo a duas plataformas batalhando cabeça a cabeça, quem acabou levando o título de mais plataformas vendidas foi a Nintendo e o seu Wii. Mas essa geração demonstrou que a Microsoft estava ali para disputar de igual para igual com a Sony pelos gamers hardcore.
As Alegações OU “Não morra lutando pela sua pátria, faça com que os outros bastardos morram pela deles!”
Agora vivemos a era ‘Xbox One/Playstation 4’. E é nela que as coisas estão mais acirradas. Memes e zuera sem limites comem solta nas webs. Mas isso é tranquilo e até engraçado.
Mas muitas pessoas extrapolam e realmente acham que tem que ter uma atitude hoolligan para defender seu console preferido. E os adjetivos pejorativos “sonysta” e “caixista” são regularmente usados para classificar esses fiéis seguidores.
Argumentos dos “caixistas”:
- Xbox One X é a plataforma mais forte do mercado;
- Roda em 4K real;
- A Live é muito melhor que a PSN;
- Retrocompatibilidade;
- EA Acess;
- Melhores títulos gratuitos mensais;
- Xbox Game Pass;
- Play Anywhere.
Argumentos dos “Sonystas”:
- Melhores exclusivos;
- Plataforma mais tradicional;
- VR que aumenta o leque de possibilidades;
- Remote Play através do PSvita;
- Playstation Now (embora não haja suporte para o serviço no Brasil);
- Console com suporte a 4K á mais tempo.
Não chegamos a extremos de encontros de torcidas organizadas para um quebra-pau generalizado. Afinal essa galera adora o anonimato e a proteção que a internet proporciona. Então todo o embate acontece no universo virtual.
É ruim? É. Mas isso sempre existiu. IOS x Android; Pepsi x Coca-Cola; Brasil x Itália; Xuxa x Angélica; Bolacha x Biscoito.
Mas as duas coisas que tornam tudo isso uma coisa ainda pior são: os veículos de mídia que alimentam essa guerra e a incapacidade de alguns de ver que tudo, os dois consoles, podem ser aproveitados.
Deixe a Guerra de Consoles de lado OU “Todos nós fazemos escolhas na vida, mas no final nossas escolhas nos fazem.”
Sei que no Brasil, para um gamer, por mais que ele deseje do fundo da alma, é meio difícil ter mais de um console. Em seus lançamentos eles custam mais de R$2000,00 o que pesa bastante no orçamento, afinal tem os games que custam centenas de reais e assinaturas de serviços online, fora o próprio serviço de internet que hoje em dia é obrigatório para quase todos os jogos.
Por esse motivo muitas pessoas escolhem odiar a plataforma a qual não conseguirá comprar.
O Playstation realmente tem ótimos títulos exclusivos e são bem variados. Jogos hardcore como BloodBorne e Nioh, rpgs como Horizon Zero Dawn e Persona 5, lutas como Street Fighter V. Mas isso não tira o valor dos exclusivos do Xbox, que embora se apoie na trindade Forza, Gears e Halo, tem apresentado boas propostas como Cuphead e Player’s Unknown Battleground.
O serviço online e servidores da Microsoft são bem superiores ao da Sony. Mas temos que ver isso como algo para se cobrar das empresas para melhoria para todos e não esfregar na cara do amigo e mandar um “Chupa Live Rules”.
A Sony apresentou o VR e tem dito que espera que a concorrência dentro desse nicho aumente, justamente para poder oferecer mais títulos para seus usuários.
A Microsoft optou por montar uma máquina mais potente com foco no 4K porque acredita que esse mercado é que tem mais potencial.
Isso que ainda nem falamos do Nintendo Switch ou do vindouro Atari Box.
Temos que acreditar e alimentar a competição sim, por jogos cada vez mais espetaculares e experiências cada vez mais marcantes. E se for possível ter o maior número de plataformas possíveis. E se não der, ao invés de ficar com uma guerrinha boba com seus amigos, vá a casa deles e aproveite o console que não conseguiu comprar. Na era Super Nintendo/Mega Drive, a saudosa era 16 bits, essa era a melhor política e sempre trouxe tardes memoráveis para mim e meus amigos.
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