Quando Vigil: The Longest Night teve seus primeiros materiais liberados a arte e a música me encantaram ‘de cara’. Gosto bastante de jogos de ação em 2D, mas tenho me mantido afastado dos games estilo ‘souslike’. Entretanto, eu tenho um fraco por obras com artes góticas, minha infinitas tentativas em Bloodborne não me deixam mentir.
Vigil: The Longest Night tem esse apelo pra mim, então acabei solicitando um cópia para embarcar nesta aventura. E posso lhes garantir, sem arrependimento algum.
Eu iniciei o game com uma stream lá na Twitch. Então muita gente acompanhou o começo da minha saga no game. E uma das coisas que mais me deixa embasbacado é em saber que esse é o primeiro jogo da Glass Heart Studio, desenvolvedora do game. Eles são de Taiwan, assim como a Another Indie, que é a publicadora de Vigil.
Esse pequeno time de profissionais apresentou um trabalho lapidado e faz um ótimo uso da imagética, nos trazendo referências da cultura taiwanesa e se utilizando da literatura lovecraftiana para criar um clima de tensão e arrebatar com a brutalidade visual dos inimigos.
O game é um metroidvania/RPG competente, faz o arroz com feijão sem firulas. Então você pode esperar itens e armas mais fortes, conforme avança na história e uma árvore de habilidades para evoluir a personagem. A cada boss você ganha uma nova skill que te ajuda a progredir pelo cenário. Tudo bem simples e intuitivo.
O combate poderia ser um pouco mais refinado, ainda mais por ter uma dose de soulslike ali, mas nada que atrapalhe o jogo como um todo. A variação de inimigos lhe permite experimentar seu arsenal que é composto, basicamente, por espadas, armas pesadas (machados, martelos), adagas gêmeas e arcos. Há muitas variações dessas armas e elas ainda podem ser melhoradas através de um ferreiro. Ou você pode ir na muqueta mesmo. Eu não me arriscaria. Mas tudo isso, combinação com nossas habilidades, torna o combate de Vigil bem desafiador, ágil e divertido.
Jogamos com Leila, uma recém ordenada Vigilante, uma classe de combatentes habilidosos e soturnos. Ela volta para sua cidade natal para visitar sua irmã, que está fazendo aniversário. Mas ao chegar, encontra uma cidade sitiada por monstros, envolta na noite eterna e com muitas pessoas desaparecidas. E sua irmã está entre essas ausências.
Leila acaba se envolvendo em uma trama com proporções cósmicas, onde forças profanas estão atuando e mexendo com espaço-tempo. Em sua busca pela irmã, Leila encontra em seu caminho horrores vindos de pesadelos e um povo vivendo na miséria, com fome e doença por todos os lados. E, embora seja um poderosa Vigilante, nem suas habilidades poderão protege-la das insanidades que a esperam.
Como disse mais acima, no inicio do texto, Vigil é uma obra muito bem construída. O jogo parece uma grande tela de pintura com os cenários como belas artes góticas. E Leila, os NPCs e os inimigos se destacam, embora tenham uma animação simples, mas que conversa muito bem com os cenários ao fundo.
Mas a cereja do bolo é a trilha sonora, composta por Jouni Valjakka, da banda finlandesa Whispered. Poderia falar muito mais sobre ela, mas vou fazer melhor e deixar AQUI o link para vocês curtirem o soundtrack todo deste game. E abaixo fica a minha favorita pra vocês:
As ressalvas são mínimas sobre Vigil: The Longest Night, acho que é um jogo que vale a sua atenção e seu investimento. E se você curte terror, além da ação ainda tem esse complemento para apreciar no game. É uma ótima primeira empreitada da Glass Heart Studio e estou ansioso para ver os próximos trabalhos desta desenvolvedora.
Vigil: The Longest Night está no PC (Steam) e Nintendo Switch.
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