Nerfando na Brasil Game Show 2019
A Brasil Game Show 2019 chegou ao fim. Depois de muita correria, jogatina, encontros e muita diversão, mais uma edição da tradicional feira de games se despede. Mas tanto para a organização, quanto para o público, este é só tempo para retomar o fôlego e já começar a se preparar para 2020.
Brasil Game Show 2019
Entre jogos e estandes irados, havia muita coisa para se apreciar e com o que se divertir na BGS deste ano. Apesar de haver cada vez mais eventos surgindo, foi a BGS que carpiu o mato todo e se firmou como o principal evento de games da América Latina. Então não é errado afirmar o quanto ela foi importante para o cenário, as comunidades e, principalmente, para o desenvolvimento do mercado de games no Brasil.
Como eu já disse, há vários outros eventos de games no Brasil, mas cada um com um proposta diferente. A BIG Festival, em São Paulo mesmo, é um exemplo. Apesar de ser um evento de games, ela foca num nicho mais específico, que são os pequenos desenvolvedores. Então lá você terá várias palestras e encontros com quem movimenta o mercado e se arrisca e empreender no meio. Mas você não encontrará todo o espetáculo que a BGS organiza e tão pouco os estandes e atrações grandiosos que tem no evento.
Outro evento grande é a GameXP, a mais novinha no cenário gamer brasileiro. Ela acontece no Rio e tem proporções enormes, mas muito mais focada na parte do espetáculo. Ela vem com a proposta de trazer novas experiências para os jogadores e assim proporciona atividades mais imersivas. Mas mesmo com tanta inovação, certas tradições ainda encantam mais. E nisso a BGS acerta em cheio!
Estandes da BGS 2019
Esse ano tivemos a volta da Nintendo para o evento depois de sete anos afastada, e isso tudo pelo apelo dos fãs que a queriam de volta a BGS. Também tivemos a presença da Playstation e da Xbox, completando assim a trindade dos consoles. Dito isso, acrescento que, apesar da volta da Nintendo, as três grandes estavam meio apagadas no evento. A Nintendo tinha Luigi’s Mansion 3 como grande destaque; a Playstation veio com NIOH 2 e Death Stranding; e no estande da Xbox tínhamos Bleeding Edge, Project Resistance e Battletoads.
Lógico que havia muitos outros jogos nesses estandes, mas não acredito que a jogatina tenha sido o foco. Na Nintendo era palpável a alegria da galera que é fã da marca por ter Mario, Link, Zelda e Pikachu de volta a terras brasileiras, nos mostrando que a Nintendo não se esqueceu de seus fãs brasileiros.
Já na Xbox eu destaco a união dos criadores de conteúdo da marca. Muitos blogueiros, streamers e youtubers se dedicam a criar conteúdo sobre os jogos de Xbox e uma comunidade bem grande cresceu em volta deles devido a isso, e é muito legal ver essa galera toda reunida no evento e a importância que a Xbox Brasil dá para todos eles.
Então é muito legal ver que, apesar de trazerem muitos jogos, as vezes alguns acontecimentos alheios a própria organização são os mais importantes para algumas pessoas que frequentam o evento.
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Mas nem só de consoles vive a BGS. Também era possível ir a loucura com várias novidades relacionadas a PCs. Então se você é entusiasta, um legitimo PC Master Racer, a BGS é local perfeito pra você testar todos os periféricos possíveis. Várias das maiores marcas de PC estavam lá: HyperX, Razer, Logitech, Legion, Redragon, Oex Game, Dazz, Asus, Corsair, DXRacer, Aorus, AOC entre outros.
Além de empresas de fora do espectro de games, mas que tem visto boas oportunidades no mercado, como a Old Spice, LUPO, Píticas e a TNT. Claro que também tivemos estandes espetaculares e com vária atividades, como o de Fortnite (Epic Games), SBT, Facebook Gaming e Fanta.
Atrações para todos os jogadores
Vários convidados desfilaram pela BGS este ano. Mas meu destaque vai para Hidetaka Miyazaki, a mente por trás da série Souls e Bloodborne. O cara foi entrevistado, falou sobre as franquias e sua carreira, coisas de praxe. Daí ele resolveu dar um rolê na área indie da BGS e conversar com os desenvolvedores brasileiros. E sei que pros caras, essa é uma parada que não pode ser contabilizada, um grande gesto de Miyazaki.
Olha essa postura exemplar
Hidetaka Miyazaki não deu muitas entrevistas e é um pouco recluso, mas usou parte do seu tempo pra ir de estande em estande da área indie e conversar com desenvolvedores brasileiros
Que homem, sério! Que atitude louvável!
Créditos: @oliveirandreiah https://t.co/zEYotfv1Af
— Vinicius Munhoz (@viniciussmunhoz) October 11, 2019
Mas tivemos muitos outros convidados, todos concedendo entrevistas e autógrafos para os fãs: Ed Boon (Mortal Kombat), Charles Martinet (voz do Mario), D.C. Douglas (voz do Wesker, Resident Evil), John Romero (Doom), Yoshinori Ono (Street Fighter).
Outro ponto alto nas atrações foram as apresentações de Shota Nakama e a Video Game Orchestra, tocando vários sucessos do games e com transmissão ao vivo por parte da BGS nas redes sociais. Sensacional! Confira a apresentação á partir de 1:23:00, de o play e curta!
BGS Esports 2019: BGS Esports 2019: VIDEO GAME ORCHESTRA LIVE! from Brasil Game Show 2019 #bgs2019 #esports #music #orchestra #videogames https://t.co/dDJL8ZD1uB
— Brasil Game Show (@BrasilGameShow) October 11, 2019
Claro que houveram percalços também. Os destaques entre as atrações eram os dubladores de GTA V, Steve Ogg, Shawn e Ned Luke. Infelizmente houve uma pequena confusão com o meet and greet, que a BGS realiza de forma gratuita. Rolou em diversas redes sociais uma imagem com valores para fotos e autógrafos dos dubladores, e logo estavam todos atacando a organização da feira por venderem algo mentiroso. Mas na verdade o que aconteceu é que os próprios dubladores tinham um pequenos estande na feira e foi deles a iniciativa de cobrar dos fãs pela interação.
Entretanto, nas atividades em que eles estavam relacionados pela BGS, nenhuma interação seria cobrada dos fãs.
Também houveram muitos campeonatos de eSports, infelizmente não pude acompanha-los. Mas devo dizer, o torneio de Mortal Kombat, com um cenário exclusivo da BGS 2019 ficou muito foda!
O Melhor da Brasil Game Show 2019 (pra mim)
Esse ano acabei curtindo menos do que gostaria, fui a BGS com outros objetivos. Estava numa empreitada business, em reuniões com desenvolvedores e marcas, conhecendo pessoas e aumentando meu networking. Aproveitava o final de cada dia para me divertir um pouquinho, jogando ou interagindo com as atrações. E minha área preferida esse ano foi a BGS Pinball e Arcade, com fliperamas diversos e MUITOS pinballs irados. Queria morar lá ou pelo menos lavar essa sinuca do Pac-man pra casa.
A área indie sempre me encanta e esse ano a BGS deu uma repaginada no layout do local e ficou muito mais bonito. Esta é uma área democrática, onde geralmente tenho as minha melhores conversas. As histórias de batalha de cada um dos desenvolvedores e o entusiasmo deles é revigorante, passei quase o primeiro dia inteiro lá. Se você não vai a área indie na BGS, você está cometendo um erro.
E por fim, mas não menos importante, devo ressaltar os encontros com os amigos, sejam eles novos ou não. Pessoas com as quais você interage pelo Twitter, Facebook ou Instagram e que tem a oportunidade de ver cara a cara graças a BGS. Pessoas que moram em outras cidades, estados ou até países, tem a uma data salva para se encontrarem. Lá você também pode conhecer seus ídolos dos games, sejam eles influencers, criadores de conteúdo ou jogadores de eSports, na BGS eles são muito acessíveis.
Então, se posso resumir a Brasil Game Show 2019 em apenas algumas palavras, elas seriam:
O mais divertido encontros de fãs de games do Brasil!
