Close to the Sun Review
Em Close to the Sun Review estão contidas as opiniões de Eddy Venino sobre o jogo em questão. Agradecimentos a Wired Productions pelo envio uma cópia para avaliação do game. Fizemos então a análise da versão lançada para PC, na EPIC GAMES STORE.
Close to the Sun Review
Desde o anúncio deste game, desenvolvido pelo time da Storm in a Teacup e publicado pela Wired Productions, eu estava ansioso. Então, quando eles me enviaram uma cópia para que eu desse olhada, fiquei muito feliz pela oportunidade de jogar essa produção.
Close to the Sun é um jogo em primeira pessoa, mais especificamente um story driven. Para uma comparação mais direta, a sua gameplay é bem parecida com Firewatch e Soma. Ele não é um jogo com uma gameplay complexa, muito longe de ser hardcore. Mas isso dá espaço para que ele se desenvolva de outra maneira. Isso permite que a narrativa dele se aposse do jogo. E isso é um story driven competente.
Mas devo ressaltar outro ponto que é tão vital e diretamente responsável pelo prazer de acompanhar esta história, que são os personagens. Devo adiantar que não são muitos, mas os poucos que aparecem são suficientes para que a narrativa seja abrilhantada graças a sua presença.
Mas vamos a história, para que possamos falar um pouco mais sobre os personagens contidos nela, neste Close to the Sun review.
Embarcando no Helios
Nikola Tesla é o grande foco do jogo. Então as suas invenções e experimentos permeiam toda a temática do jogo, permitindo um pano de fundo de art déco muito bem executado. E a principal obra dele, e o cenário onde se passa toda a história, é o suntuoso e gigantesco navio Helios.
Este navio é habitado por cientistas do mundo todo e navega por águas internacionais para que possam executar os mais diversos experimentos para o progresso do mundo. Então temos as mentes mais brilhantes do mundo em apenas um local. Uma das coisas mais divertidas era se deparar com algumas pequenas narrativas paralelas sobre personalidades do mundo cientifico, como Albert Einsten, por exemplo. No Helios também nos deparamos com várias invenções ou protótipos de Nikola Tesla.
O ano é 1897, e nesta cruzada cientifica, Tesla enfrenta a hostilidade da população, grandes companhias e da imprensa. Além disso, ele tem sido alvo de espionagem de rivais tentando roubar os experimentos feitos no Helios. Mas no meio de tudo isso, há uma descoberta maior que pode impactar tudo o que conhecemos. E ela está sendo ameaçada. Mas uma jovem repórter é a chave para que essa descoberta não caia nas mãos erradas.
As irmãs Archer
Rose Archer recebe uma carta de sua irmã, Ada Archer, pedindo ajuda. Rose é uma repórter e Ada uma cientista, que está abordo do Helios. Ela então consegue acesso a uma das pequenas embarcações que dão acesso ao Helios. Mas ao chegar no grandioso navio, para sua surpresa, ele está vazio e com aviso de quarentena em vários locais.
Algo está errado, mas Rose continua a sua busca pela irmã. Enfim consegue contato com ela, mas as coisas não parecem que vão melhorar á partir daí. Corpos dilacerados, mais mistérios, estranhas criaturas e enigmas acompanham a jornada de Rose para salvar Ada.
Voando perto do Sol
A desenvolvedora Storm in the Teacup é italiana e conta com profissionais gabaritados. Carlo Ivo Alimo Bianchi, que é o fundador da desenvolvedora, já passou por empresas como Ubisoft, Warner Games e Square Enix. E em Close to the Sun eles queriam entregar uma experiência refinada e que propagasse o jeito italiano de fazer games. E posso dizer que me agradou, no geral.
O jogo é feito na Unreal Engine e isso proporciona gráficos belíssimos! Mas há pequenos entraves nesta versão de PC, como a má otimização de texturas que só são realmente na configuração Very High. Na High que é a anterior, tudo no cenário já parecia chapado e mal executado. Também enfrentei um pequeno problema com o jogo em full screen, a tela ficava piscando verde. Como não enfrento esse problema com nenhum dos meus outros jogos imagino que seja algo com o jogo. Caso aconteça com vocês é só tirar de full screen que funciona perfeitamente.
Mas com exceção dos problemas citados acima, o jogo é uma narrativa muito gostosa de embarcar. Temos duas personagens femininas que carregam a trama de forma fluida e com diálogos bem escritos. Além da interação com outros personagens e o aprofundamento da narrativa que prende demais.
Entretanto, se você busca algo como Bioshock neste jogo, esqueça. Nada, além do visual, irá remeter a Bioshock. Mas se você gosta de jogos como Outlast e do ritmo deles, Close to the Sun é pedida certa pra você. Com pouco mais de 6 horas de gameplay, você terá: documentos que aprofundam sua experiência no jogo; coletáveis para instigar o seu colecionismo, puzzles (não tão complexos, confesso) que cabem bem na proposta; e um cenário hipotético incrível, onde a ciência reina e nos mostra suas muitas possibilidades.
Conclusão
Eu gosto muito do estilo story driven, quando a história que é contada me prende. E isso aconteceu em Close to the Sun. Também amo jogos com uma gameplay mais pesada, mas quando isso é feito em detrimento da narrativa eu fico frustrado. Aqui, a opção por um jogo com foco na história nos permite aprender e apreciar o que é contado. Fora que, eu acho esse tipo de jogo uma puta porta de entrada para quem deseja começar a jogar, mas ainda não tem muita familiaridade com games.
Este é um conto sobre duas irmãs, tão ambiciosamente simples, mas complexamente pensado para te prender.
Close to the Sun está disponível para PC pela Epic Games Store, e ainda este ano será lançando também para consoles.
P.S.: Ouçam e apreciem esta linda canção tema acima. Ele foi composta por Porcelain Pill especialmente para o jogo. E é uma das razões de eu ter gostado tanto do jogo ^^
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