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Sobre a beta de Anthem | Startando

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Sim, se você está aqui e tem interesse pelo jogo, provavelmente você jogou o beta aberto de Anthem. Se você tem um Xbox One, PS4 ou PC e não jogou, foi porque não interesse no game. Ou talvez os servidores da EA não tenham deixado. É, isso também pode ter acontecido.

Bem, eu joguei a alpha e os betas. Joguei no PS4 e no PC. E abaixo vou repassar as minhas relutâncias e otimismos em relação a Anthem.

Startando com Anthem

Geralmente falamos da história do game no Startando, mas também criei esta coluna como modo de iniciarmos a semana com alguma informação mais concreta. E embora este texto contendo as minha observações seja breve, acho que consegui compilar as maiores questões em relação ao jogo para discutirmos.
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Deixarei aqui uma ressalva. Sim, eu sei que foi apenas um beta. Eu sei que são testes justamente para corrigir erros. Eu sei que NÃO É A VERSÃO FINAL. Dito isso, tudo o que trouxer com este texto é levando isso em consideração. Também só quero levantar questões saudáveis para podermos pensar sem ter que ficar nos digladiando por uma empresa que já falhou muito antes e que continua com ações no mínimo, questionáveis.

Então bora pro Anthem!

Semelhanças

Temos MUITO de Mass Effect: Andromeda em Anthem. O combate principalmente. Tudo bem, em Anthem tudo está mais refinado, mas em essencial é muito similar a Mass Effect.

Aliás, o combate em si, acho que é ponto alto de Anthem, isso quando bem executado e com time composto por amigos. Porque se você está em matchmaking ou solo, o combate pode ser bem frustrante.

Solo/Amigos/Matchmaking

Foi dito no inicio das divulgações de Anthem que ele poderia ser jogado tranquilamente sozinho, mas isso não é verdade, por duas questões. Primeiro, pelo menos na beta, o nível de algumas missões para você jogar solo estavam desbalanceadas. Segundo, assim como em The Division, Destiny e Ghost Recon, Anthem foi feito para se jogar em modo cooperativo. Se você joga solo, esqueça. Ou pegue o jogo, feche e depois largue, assim como aconteceu a várias pessoas em relação aos jogos citados acima.

Outro fator ruim é o matchmaking. Ou, a roleta russa. Division e Destiny já provaram que esses sistemas não são os mais “amigáveis”. Você andar invite para alguém que desconhece, geralmente resulta, no mínimo, em nada. E você jogar com mais três pessoas sem comunicação nenhuma e sem bolar estratégias para o combate pode prejudicar a sua diversão e te frustrar.

Cenários e loadings

Eu já não gostava dos loadings de The Division, agora tenho que aturar também os de Anthem. Destiny tem seus defeitos, mas desde o primeiro jogo você pode ir fuçando no menu enquanto está indo pra algum outro planeta. Já em Anthem, os loadings, que são constantes, te apresentam umas imagens e a barrinha carregando. Talvez não fosse tão ruim se só acontecesse quando você faz uma viagem rápida ou vai para a área social. Mas infelizmente isso acontece diversas vezes durante as missões em mudanças simples de cenário.

Espero que o tempo de transição, pelo menos, diminua. Mas a impossibilidade de mexer no menu, por exemplo, me deixa um pouco triste.

Mapas e Gráficos

Muitos acharam os gráficos de Anthem magníficos. Bem, no PS4 PRO eu achei eles OK, havia muita textura carregando, coisas meio chapadas e sem vida. A iluminação em alguns momentos até me chamavam a atenção, mas na maioria das vezes não tinha nada de surpreendente. Isso sem falar na chuva. Manos da EA, ou melhoram essa chuva ou nem coloquem na versão final, bagulho atrapalha mais do ser flanqueado pelos inimigos.

Dois jogos que usei como comparação para Anthem, em termos de gráficos, foi o Mass Effect: Andromeda, da própria EA e Horizon Zero Dawn, da Guerrilha Games. Sim, eu sei que são jogos totalmente diferentes, principalmente na sua atuação e interação com os jogadores. Mas convenhamos, segundo o produtor Michael Gamble, o jogo está em desenvolvimento desde antes do primeiro Destiny ser lançando.

Outro fator muito ressaltado por quem gostou de Anthem foi o tamanho do mapa, mas será isso algo bom? Claro que já vimos mapas gigantescos em jogos como The Witcher 3, Skyrim, Red Dead Redemption 2 e GTA V, mas em todos esse exemplos citados, o mapa realmente foi aproveitado?

Se EA conseguir ocupar cada canto deste mapa com atividades instigantes, coisas escondidas e itens ou lore para ser descoberto, será fascinante. Senão será apenas um local pra você dar um rolê voando.

Lanças e sistemas

A customização estética realmente ficou muito boa. Você consegue realmente colorir sua Lança (Javelin) de diversas formas. Há também um sistema que implementa novas habilidades, fora os armamentos, que embora meio genéricos são satisfatórios.

Inicialmente há quatros tipos de Lanças disponíveis, mas pelo que a EA já expôs haverão outras no futuro. Cada uma tem suas particularidades, embora eu ache que ainda cabe um balanceamento para elas na versão final do jogo.

Um ponto negativo – mas é mais uma questão pessoal – é que a meu ver, você não deixar abertas as opções de troca de armamentos durante as missões pode frustra jogadores á longo prazo. Entendo o conceito de preparação pré-missão, mas mesmo assim, você encontra inimigos diversos durante cada missão ou no modo livre e você ter que voltar a tela de destino só pra poder trocar de armas é um saco.

História e replay

Confesso que me vi pouco atraído pelo pouco da história que foi apresentado. Não senti empatia pelas personagens e tão pouco me senti envolvido enquanto fazia as missões. E neste caso, é um ponto muito negativo, se tratando da Bioware, que é conhecida justamente pelo desenvolvimento de suas tramas e o envolvimento que gera para com suas personagens.

E isso me leva ao replay do jogo. Como um jogo que não terá modo PvP e, pelo menos ainda, não terá nenhuma atividade com envolvimento e mecânicas que necessitem de mais players, como as raids ou artimanha em Destiny, não vejo muito pra onde expandir.

Já foi dito pela Bioware que haverá muitos conteúdos a serem inseridos progressivamente no jogo, então pode haver esperança. Eu sei que foi apenas uma beta, e não podemos tirar conclusões precipitadas, pelo menos quanto ao todo da história, mas do pouco que vi, espero mais para me atrair para o jogo. E eu REALMENTE espero que o jogo me atraia.

Obs.: Na Torre, quando a visão ficava em primeira pessoa eu tive vertigem. Mais alguém passou por isso? Já joguei games no PSVR e em 3D e isso nunca me ocorreu, mas no Anthem sim. Deixa abaixo nos comentários, caso você também tenha sofrido com isso.

Dados do jogo
  • Anthem utiliza o motor gráfico Frostbite 3 (Battlefield V, Star Wars Battlefront 2, Need For Speed: Payback);
  • O diretor é Casey Hudson (Mass Effect 1, 2 e 3, Star Wars: Kinghts of the Old Republic);
  • A trilha foi composta por Sarah Schachner (Homem de Ferro 3, Call of Duty: Infinite Warfare, Assassin’s Creed: Unity e Origins);
  • Escrito por Jay Watamaniuk (Mass Effect: Andromeda, Mass Effect 3) e Cathleen Rootsaert (Mass Effect 2, 3 e Andromeda);
  • Produzido por Mark Darrah (Dragon Age 2 e Origins) e Michael Gamble (Mass Effect 2, 3 e Andromeda).

Anthem será lançado dia 22 de fevereiro para Playstation 4, Xbox One e PC.

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David Bueno

Especialista em games, tecnologia e cultura geek. Com mais de 5 anos de experiência nesse mercado, trabalhei com empresas e projetos de diferentes tamanhos e segmentos, desde pequenos desenvolvedores indie até grandes estúdios de jogos e marcas renomadas. Sou formado em Análise de Sistemas e tenho certificações em diversas tecnologias e softwares relacionados a games e tecnologia.

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