Remakes de Resident Evil

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Os remakes de Resident Evil estão se tornando cada vez mais frequentes. E, embora muitos possam curtir a oportunidade de rejogar sua franquia preferida, e ainda repaginada, temos que pensar o quão sustentável isso é.

Não podemos negar que Resident Evil 2 Remake foi um sucesso absoluto. Concorreu a Jogo do Ano, agradou aos fãs e nos apresentou muito conteúdo novo. Isso levou os jogadores a imaginar o que viria a seguir e o pedido mais lógico foi o retorno de Resident Evil 3.

A Capcom atendeu, mas, diferentemente de Resident Evil 2, o terceiro capítulo da saga parece não ter agradado a todos. E a receita foi bem parecida com a usada em RE2, com algumas pequenas inovações, e ausências também. Então, será que a Capcom olhar só pro passado pra agradar os fãs é a solução? Ficar entregando um remake novo a cada ano pode ser prejudicial pra franquia?

Remakes de Resident Evil

Bem, temos até o momento Resident Evil 1, Resident Evil 2, o recém lançado Resident Evil 3 e, há pouco anunciado, um futuro Resident Evil 4. Todos remakes, mas nem todos com a mesma pegada. O RE1 foi um remake bem mais parecido com o original, embora com tudo remodelado e mais bonitão. Já, do RE2 pra frente, a Capcom utiliza o conceito REimaginado, que além de brincar com a sigla da franquia, também define esses remakes como uma abordagem nova, mais contemporânea da série.

Após o Resident Evil 7, que trouxe pra série uma história mais distantes dos embates da Umbrella e a temática dos zumbis (não que seja uma abordagem nova), houveram certas decisões que levaram a franquia pra uma direção diferente. Além da RE Engine, que trouxe uma experiência absurda de linda pros jogos da Capcom, o RE7 também foi feito em primeira pessoa (não inédito na franquia, mas ainda incomum) e apresentou uma história mais intimista (embora a procura por um ente querido tenha sido o motor inicial para Claire em RE2).

A história apresentou uma família louca, novos monstros, bons puzzles e demonstrou novas vertentes pra onde a franquia pode crescer. Resident Evil sempre foi uma série bem corajosa em arriscar em novas abordagens. Mas nem todas foram bem sucedidas. Entretanto essa experimentação continuou e chegou aos remakes.

REimaginando

RE2 Remake foi uma explosão de nostalgia e empolgação pelas novidades. A Capcom acertou em cheio e trouxe um game que agradou a grande maioria dos jogadores e critica especializada. Mas a fórmula não se provou infalível com RE3 Remake.

A exigência dos fãs pelo remake do terceiro capitulo da franquia e a empolgação da publisher, se mostraram precipitados. Isso acabou resultando num bom jogo, mas que sofreu de cortes e certas superficialidades. Não se engane, RE3 Remake é não é um jogo ruim, mas sofreu de uma pressa para ser entregue, que na minha concepção, foi desnecessária. Esse consumo rápido, faz com que muita coisa seja esquecida, deixada pra trás por um produto novo a cada novo ano fiscal. E isso afeta a produção.

A culpa é tanto dos jogadores quanto dos responsáveis pelo game. Um por exigir, quase de forma pirracenta, um brinquedinho novo logo que cansa do antigo. E o outro, por traçar planos pensando apenas no hype e no lucro imediato que aquilo irá gerar.

O preço que pagamos em RE3 foi ter um dos personagens centrais, no caso o Nemesis, relegado a um mero boss linear, sem qualquer impacto real no desenvolvimento do jogo. Mr. X em RE2 teve um peso infinitamente maior que o consagrado “Meneses” em RE3. Que, alias, poderia ter aproveitado muito mais a IA de aleatoriedade que é aplicada aos zumbis, o tornando um oponente bem mais desafiador. Outro fator que desagradou bastante foi a duração do jogo, bem mais curta do que muitos esperavam.

No geral, é um jogo bom, mas muito apressado. Poderia ter virado uma nova masterpiece da Capcom, mas foi sacrificado em nome de um cronograma. Cronograma esse que pode afetar também futuros lançamentos da franquia.

Pra onde irá RE?

Fãs já pedem remakes de CODE: Veronica e já existe engatilhado um remake de Resident Evil 4 (pra que?) e um capitulo inédito, o vindouro Resident Evil Village (RE 8), caso os rumores se confirmem.

Essas versões REimaginadas de Resident Evil já conversam muito mais com a direção que o episódio sete propôs e que parece que o oito irá seguir. Então, se continuar assim, em algum momento, possivelmente essas duas pontas de RE irão convergir. Isso não é necessariamente ruim, desde que seja feito sem pressa e com mais carinho do que aconteceu em Resident Evil 3 Remake.

Mas e vocês, o que acharam de RE3 Remake? Deixe abaixo nos comentários se estão gostando ou não do jogo. Vamos conversar!

P.S.: A Jill está demais em RE3 Remake. E eu gosto muito do RE7 😉

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Eddy Venino

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