O que esperar do futuro de The Division 2?

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Estamos nos preparando para o segundo ano de The Division 2. E após nossa incursão por Washington D.C. voltaremos para onde tudo começou: Manhattan. Neste segundo ano, provavelmente, teremos algumas pontas amarradas e parte da história se tornará mais clara. Mas o que, exatamente, podemos esperar do futuro de The Division 2? E o que foi oferecido aos jogadores durante o primeiro ano?

Este primeiro ano de The Division 2 me trouxe emoções conflitantes. Embora eu achasse que pouca coisa deveria mudar em relação ao primeiro jogo, me senti grato por ver que certas adições fizeram um bem danado pra jogatina. E, essas mudanças, não continham nada de excepcional, mas foram cruciais para dar um frescor. Então, quando você estiver no meio do tiroteio e seu escudo lhe salvar, fique grato, porque não tínhamos esse recurso no primeiro jogo.

Há outras pequenas mudanças em relação a como você constrói a sua build, mas acho que isso mais atrapalhou do que ajudou. Foi criado um sistema bem completo para você poder combinar os seus equipamentos de forma eficiente e que case melhor com o seu estilo de jogo. Mas esse sistema é um tanto complexo e pode assustar quem está chegando a franquia agora ou mesmo queira jogar de maneira casual.

Poderíamos falar disso por horas, mas como a Ubisoft já anunciou que esse sistema será repaginado com a chegada da nova expansão, o assunto ficará datado. Então vamos a tópicos mais interessantes de The Division 2.

Primeiro ano de The Division 2

Neste primeiro ano, encaramos uma Washington D.C ensolarada e com cenários bem vastos, o que deu um visual estonteante para esse segundo jogo da franquia. Havia muitas áreas onde a iluminação era simplesmente animal. E quem pode experimentar o jogo no PC, usando uma placa de vídeo com acesso a Ray Tracing, teve uma experiência ainda mais bela. Fora que, no PC, não havia restrição de resolução, o jogo iria até onde seu equipamento aguentasse.

Nos consoles o jogo também está bonito, mas, vez ou outra eu acabava entrando em um cenário onde tudo ainda estava renderizando. Em certo momento me senti jogando Driver de novo, onde eu avançava e o cenário à frente ia sendo construindo. Isso acontecia mais quando eu entrava em novas áreas, mas não atrapalhou em nada na gameplay. E fui notando que a cada atualização isso acontecia menos. Também não observei nada disso ao jogar o último episódio lançado (do qual iremos falar mais a frente).

Bem, mas nem só de bons gráficos vive o jogo. Vamos falar de duas das maiores novidades de The Division 2 e daquilo que mais me desagradou.

Especializações e raids

Fiquei muito empolgado com as possibilidades que as especializações trariam para o jogo. E como veterano de Destiny, cresci os olhos quando a palavra RAID apareceu. 

Amo jogos multiplayer! Eles consomem muito do meu tempo de jogo hoje em dia – pro bem e pro mal. E, The Division (desde o primeiro), já me encantava pela o tipo de jogatina que propunha. E de fato me diverti muito com ele, jogando com meus amigos. Partidas solos são recomendados mais pra quem é hardcore e quer esmiuçar o jogo no máximo.

Em The Division 2 isso continua valendo, mas com o acréscimo das raids. Agora você poderia jogar com mais 7 pessoas, tentando concluir fases de altíssimo nível e contando com a cooperação de todas. E quando digo altíssimo, eu não estou brincando. A Ubisoft teve que baixar o nível da primeira raid porque muitos estavam com dificuldade em terminá-la.

O mais legal nisso tudo era combinar as Especializações inseridas neste segundo jogo. Assim como há as classes e subclasses em Destiny, em TD2 agora existem as especializações. Mas sem superpoderes, “só” muito poder de fogo!

E pode até parecer bobo falar que elas são poderosas, mas não é. As especializações são feitas para níveis mais altos, e por isso só são liberadas no endgame de TD2.

Você pode acabar com um boss dando apenas um tiro das armas especiais das especializações. Por isso no endgame você encontra missões que aumentam (e muito) o nível dos inimigos.

Poder de fogo

As especializações acrescentam (além da arma especial) toda uma árvore de habilidade que concede vários bônus e equipamentos únicos para cada uma delas, uma arma secundária exclusiva e um tipo de granada único. Então, se você quer montar um personagem de suporte, por exemplo, a pedida é o Sobrevivencialista, que tem mais skills de cura e ajuda o grupo a se aguentar o tranco.

No início eram apenas três especializações (Sobrevivencialista, Demolidor e Atirador de Elite), mas conforme o conteúdo foi avançando durante o primeiro ano, foram adicionadas mais três (Artilheiro, Fogaréu e Técnico).

E a ideia é você ter no seu esquadrão especializações diferentes, para assim causar o maior estrago em missões de alto nível. E nas raids, ver tudo isso combinado, é o ápice da cooperação e poderio de fogo que The Division 2 pode demonstrar.

Narrativa

Bem, aqui chego no ponto mais controverso do jogo (pelo menos pra mim), porque a narrativa fica apenas dentro do gameplay. Não, necessariamente, toda lá, mas a maioria do lore do jogo é exposto para o jogador através de pequenos diálogos com alguns NPCs ou através de gravações de áudios que você encontra espalhados pelo cenário. Isso não é necessariamente ruim, eu gosto de ficar ouvindo esses áudios enquanto jogo. Gosto de ficar caçando eles pelo cenário para descobrir pequenas peças de um quebra cabeça maior. Mas, caso o jogador não se dedique a isso, parte da história pode passar batido por ele.

Claro, se você jogar a campanha, irá entender o contexto de tudo o que está acontecendo. Mas é só isso, só irá entender. Você não vai se emocionar ou se apegar aos personagens que encontra. As poucas cutscenes do jogo não passam a emoção que faz você ficar fascinado por cada ato que algum personagem possa realizar – seja o seu ou algum NPC. A franquia The Division se sustenta no seu gameplay com um pano de fundo legal. Infelizmente ela não se concretiza como uma obra maior por falta de apego a dramaticidade que poderia inserir em sua história.

Dito isso, é bom salientar que durante esse primeiro ano de TD2 houveram os Episódios. Que foram conteúdos sazonais que acrescentavam novas missões, novos loots e que davam prosseguimento a história. Mas, infelizmente, a falta de drama persiste.

Episódios

Foram 3 Episódios, e quem tinha acesso ao Passe do Ano 1, jogava-os com sete dias de antecedência. Mas o conteúdo era liberado para todos, após este sete dias iniciais.

Desses três Episódios o mais marcante foi o último, liberado no último dia 12 de fevereiro, para quem tinha o passe, e no dia 19 para os demais.

Ele serviu como prólogo para a vindoura expansão Warlords of Nova York, que será lançada no dia 03 de março, e nos levará de volta para o epicentro da epidemia verde.

Neste último episódio tivemos o melhor desenrolar da história até agora. Pudemos ver mais sobre as motivações dos Patas Negras (facção inimiga em TD2); visitar Cone Island, em Nova York; batalhar num dos cenários mais legais até agora no jogo, um Parque de Diversões (na Casa dos Horrores me senti num filme de ação dos anos 90), com ambientes mais fechados ou menores, muito mais parecido com o primeiro jogo do que com o segundo; além de ter a narrativa mais cativante até aqui, mostrando diálogos bem interessantes entre Patas Negras, Aaron Keener e os Cremadores (facção inimiga no primeiro jogo).

O que esperar do segundo ano de The Division 2?

Levando em consideração esse último episódio, acredito que possa haver salvação para a narrativa de TD2. Não que eu ache que ela vá mudar completamente, mas se manter o ritmo mais frenético do terceiro episódio, com certeza dá um novo fôlego para a trama.

Já mirando no gameplay, haverão mudanças mais significativas. Quando Warlords of Nova York for lançada, todo modo de construção de build virá retrabalhado, diminuindo drasticamente o tempo que você leva pra calcular o que deve ou não usar com seu personagem. Assim teremos uma melhora visual de como comparar os equipamentos e indicativos do que funciona melhor com o que.

Já quanto aos inimigos, teremos uma abordagem um pouco diferente, porque esse novo cenário em Nova York será separado em setores e cada um deles terá um boss. Você poderá enfrentá-los na ordem que quiser, e a cada boss derrotado você ganha uma habilidade nova, referente aquele chefe. E depois de derrotar todos, finalmente, enfrentaremos o grande vilão de The Division, o agente traidor Aaron Kenner. Então, estou bem empolgado quanto a isso.

A Ubisoft também prometeu um foco ainda maior no conteúdo que será disponibilizado em 2020. Declarou que não irá se preocupar com port do jogo para a próxima geração de consoles neste ano, dando assim mais atenção a comunidade e ao desenvolvimento do que será lançado para o jogo neste ano. 

Estou empolgado para esse novo ano de The Division 2, que trará ainda mais novidades. Para ver tudo o que vai rolar a partir do mês que vem com o lançamento de Warlords of Nova York é só clicar AQUI.

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Eddy Venino

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