Não espere uma dica mágica sobre como escrever sobre games. Talvez a maior dica que eu possa lhe dar, agora, já no início do texto mesmo é: apenas continue escrevendo.

Escrever sobre games

Você gosta de escrever? Ou melhor, você ama escrever?! Se a resposta e “sim”, bom. E você quer escrever sobre games então? Beleza, já temos a paixão e a motivação. Então, partiu!

Ou será que você só quer se embrenhar na mídia de games porque gosta de jogos e quer falar sobre eles, mas no fundo não quer se dedicar realmente a escrever e criar conteúdo escrito. Se sim, está tudo bem, mas eu recomendaria para você partir pra outra mídia então. Não porque são mais fáceis, longe disso. Mas, talvez você acabe se identificando mais por lá. Crie vídeos para o Youtube, faça stream, grave podcasts, monte uma fanpage em redes sociais. Se você se dedicar, tudo isso pode fazer você crescer, criar contatos e participar de eventos de games, conversar com celebridades de games e da web, ser procurado por desenvolvedoras. Enfim, ser reconhecido, o sonho de todo criador de conteúdo, de qualquer nicho.

Mas, se você quer mesmo escrever sobre games, talvez tenha um caminho um pouco mais complexo, embora seja menos doloroso se você realmente curtir escrever.

Escrever hoje, amanhã e sempre

Escrever é meio que uma vontade incontrolável. Ela pode ser muito forte e te motivar a ficar horas em frente ao PC, teclando e teclando enquanto sua mente vomita o que deve aparecer na tela à sua frente. Isso se aplica mais a escrita criativa. Mas qual não é, né? Bem, a informativa. Não necessariamente tudo o que se faz no jornalismo é apenas informação crua repassada, ele também é passional e o interlocutor pode, e deve, demonstrar sentimento quando a notícia pede ou permite.  E, para quem escreve, é até difícil, às vezes, se desvincular emocionalmente daquilo que está noticiando. Não vou, claro, colocar esse tipo de carga emocional num veículo que compartilha informações sobre games.

Os games são um forma de entretenimento, para alguns arte, mas ainda assim fica em segundos, terceiros planos quando há outros assuntos envolvidos, como família, saúde e amigos.

Nerfando e o que mais importa

E nesse momento já peço desculpas á vocês! A coluna Insert Coin deve ser postada toda terça-feira, mas infelizmente não consegui cumprir com os prazos nesta semana. Justamente pelos motivos citados acima.

Embora eu trate (ou pelo tente tratar) o Nerfando como minha prioridade, muitas vezes tenho que deixá-lo em segundo, terceiro plano. Tenho tentando investir nele, fazê-lo crescer, fazer parcerias, mas isso é um trabalho exaustivo. De certa forma, eu faço tudo no Nerfando sozinho. Vejam bem, digo de certa forma, porque tenho muitas pessoas que me ajudam direta ou indiretamente quando peço. Mas não posso exigir delas a mesma dedicação que tenho, porque não posso prometer que irei conquistar aquilo que almejo e recompensá-las do maneira que acho adequado.

Mas aqui fica meu agradecimento ao redator Felipe Retondar; ao editor de vídeo Adonis Índio; a gerente de redes sociais Polly Venino; ao programador e guru André “Jobs”; ao revisor de textos Helder Pereira; aos podcasters Takeshi e Victor; ao Junior o “cara do TI” mais off room do mundo; ao Luiz, um amigo inseparável que sempre compartilhou o sonho de criar histórias; ao Renato, brother que conheci nos games, e que já é família; além da galera do Memory Card 8MB; e o grande mano Valter, vulgo Paçocaa Noob.

Todos são meus amigos e alguns até parentes. Porque é essa a estrutura que você tem que formar quando não pode se dedicar só a escrever sobre games, ou sobre qualquer assunto que for. Você acaba se cercando, intencionalmente ou não, de pessoas que querem o seu bem e querem que esse seu sonho louco dê certo.

Pede pra nerfar, noob!

Mas as vezes você está cansando ou doente e não pode escrever. As vezes você não vê resultados aparecendo no que está fazendo e quer jogar tudo pro alto. As vezes você lê pessoas te ofendendo sem nem ao menos ler seu texto e ao invés de deixar pra lá, você acaba internalizando isso. Muitas vezes você vai sentir os olhares tortos daqueles que te julgam, sem ao menos saber da sua história. Ou pior, receber este mesmo olhar daqueles que sabem o quanto você batalha, mas mesmo assim preferem te diminuir a te apoiar.

Mas não é só de batalhas sofridas que vivemos. A cada peleja ganha, a cada novo contato que fazemos, a cada nova desenvolvedora que passa a acreditar no seu trabalho você se sente mais motivado. Quando você tem o privilégio de receber um jogo em antecipado para criação de conteúdo. Quando o seu credenciamento para aquele evento que sempre sonhou em ir é aceito. Tudo isso faz você sorrir enquanto digita, como estou fazendo agora.

Level up!

Não estou contando nenhum segredo sobre como é escrever sobre games, mas quero que se atentem ao mais importante: sobre a caminhada, sobre escrever o nosso caminho.

Eu embarquei nessa sem saber se daria certo e hoje já conversei e conheci grandes figuras do meio; já dei entrevista a uma rádio; já entrevistei um dos mais respeitados Gamers do Brasil; já participei de um dos maiores eventos do Brasil como imprensa credenciada; e consegui me credenciar para a E3.

Ainda há muito o que conquistar, mas se você gosta e está disposto a trilhar o caminho tortuoso e mágico da escrita, ou qualquer que seja o tipo de conteúdo que irá criar envolvendo games, só lhe digo: persevere, estude, e acredite, mesmo quando ninguém acreditar.

Bons loots á todos!

P.S.: O Insert Coin é uma coluna para contarmos sobre nossas experiências com games. Então resolvi compartilhar com vocês parte da minha experiência escrevendo este blog. É apenas uma pequena parte, mas caso se interesse em se aprofundar sobre o assunto, de maneira mais técnica, por favor, deixem abaixo nos comentários.