Quando Crash Bandicoot 4 foi anunciado, a Activision já sabia que teria uma recepção positiva por parte dos fãs. Nós, pela recente experiência com Crash Bandicoot N’Sane Trilogy, depositamos muita esperança neste novo capítulo da saga do Crash.
E agora, com o jogo lançado, posso afirmar que todas as expectativas foram cumpridas. E, embora ele mantenha o nível de dificuldade característico da franquia, ele se tornou muito mais acessível a novos jogadores. Mas é claro que mantém aquele momento “morri centenas de vezes pra passar isso”.
Então, bora conversar um pouco sobre este game que aquece nosso coraçãozinho nesta quarentena.
Com novo visual, o marsupial mais querido do mundo dos games, como sempre acaba metido numa grande aventura pra salvar o mundo. Mas desta vez o objetivo é um pouco maior, salvar o tempo-espaço. Com a ajuda da Coco e de novas máscaras, cada uma com uma habilidade diferente, vamos enfrentar antigos inimigos para reestabelecer a linha temporal ao seu devido lugar. E até uma aliança incomum irá surgir nesta aventura.
Em todas as fases podemos alternar entre Crash e Coco para encarar os desafios. Mas em algumas fases em particular jogaremos com personagens específicos, o que dá uma dinâmica muito legal e altera um pouco o gameplay e como encaramos a fase. Não são muitas fases que jogamos com esses personagens alternativos, mas ainda assim são bem aproveitadas.
Mas o que eu ressaltaria é que ao optar por isso, os desenvolvedores trouxeram mais vivacidade a narrativa, tornando ela mais orgânica. Eu achei demais passear por certas fases com personagens que fossem daquele ambiente. Isso me aproximou mais da história. E acredito que mesmo aqueles que não conhecem a franquia podem embarcar neste quarto game e aproveita-lo como seu primeiro Crash, sem estranheza alguma.
A história não é complexa. Sempre o bom e velho embate do marsupial contra inimigos antigos, como Neo Cortex e N. Tropy, mas agora com objetivos mais nefastos, que é apagar a linha temporal e redesenha-la. Mas com o auxilio de 4 novas máscaras máscaras mágicas, Crash embarcará em dezenas de fases empolgantes, com biomas diferentes e que vão te levar da gargalhada até quase tacar o controle na parede.
O título de Crash 4, “It’s About Time“, tem muitas implicações pra mim. A primeira e mais óbvia é que o jogo lida com viagem no tempo; a segunda um pouco mais lúdica seria sobre o tempo necessário para o amadurecimento da franquia; e a terceira, conversa direto com as mecânicas do jogo. E essa é a parte mais significante quando falamos de Crash.
Na minha visão, Crash tenta ter o equilíbrio exato entre diversão e dificuldade. Eu posso acabar falhando muitas vezes, mas não deixarei de tentar de novo e de novo, até conseguir. Sim, eu sei que muitos já passaram raiva com Crash, mas este quarto game, como eu disse mais acima, está bem acessível. Dividi a gameplay inteira no velho e bom “morreu passa o controle”, com meu filho de 6 anos. E posso garantir que ele se divertiu muito. Alias, eu e ele, estávamos em pé de igualdade na jogatina. Pode parecer exagero, mas dá uma olhada na manha do moleque:
Embora ele tenha mostrado muita habilidade no vídeo acima (e essa parte em particular seja meio chatinha), o jogo não apresenta obstáculos intransponíveis. Pelo contrário, ele te auxilia demais! Você pode optar pelo modo Moderno ou Retro, um com checkpoint durante a fase e o outro, ao perder todas as vidas, tu volta pro inicio da fase, respectivamente. Além disso, o level design (o design das fases) do game está muito mais amigável e as mecânicas de movimentação são bem polidas e precisas, se comparados a N’Sane Trilogy (2017).
Fator replay, eu gosto, tu gosta? As possibilidades de jogatina para os fãs de Crash são muitas. Refazer as fases em busca de diamantes; pegar todas as caixas e wumpas; fases bônus; as fases paralelas das fitas, refazer todas as fases no modo invertido; disputar uma corrida com até quatro amigos pelo melhor tempo; ou até bater recordes sozinho e ocupar a melhor colocação no leaderboard.
Claro, tudo isso é recompensado com skins. Então não pense que não há prêmios para os mais dedicados. Mas também não ache que será fácil pegar essas belezinhas. Após finalizar o jogo a minha caçada agora é para pegar todas elas. E são dezenas de skins diferentes, tanto pro Crash quanto pra Coco.
Quer se divertir com a família? Quer tomar uma dose elevada de nostalgia, ou só jogar um game de plataforma que vai te entregar o que promete?
As vezes a função de um joguinho é só trazer diversão e Crash Bandicoot 4: It’s About Time é um dos jogos que consegue entregar isso da forma mais sincera possível nos dias conturbados que vivemos. Já estava na hora 😉
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