Sobre Destiny 2: Renegados

Sobre Destiny 2: Renegados

Destiny 2: Renegados | Jogamos, nos divertimos e agora deixamos nossas impressões sobre a nova expansão de Destiny 2.

Destiny 2: Renegados

Bem, eu já havia explanado anteriormente sobre o modo Artimanha de Destiny 2 – você pode ler AQUI. Mas naquele momentos tivemos apenas acesso a este modo. Entretanto, com o lançamento oficial de Renegados, vamos deixar aqui registrado o que achamos desta DLC.

Desde seu primeiro jogo, Destiny nos traz em seu aniversário, uma expansão mais parruda, com mais conteúdo do que as demais. Foi assim com Rei dos Possuídos (The Taken King) e a Ascensão de Ferro (Rise of Iron). No decorrer do ano temos algumas expansões menores, que acrescentam equipamentos e novas atividades, mas na expansão de aniversário recebemos toda uma reformulação no jeito de jogar Destiny. E essa reformulação sempre foi para a melhor.

Destiny é uma franquia que adquiriu certa infâmia por causa de suas expansões. Sempre houveram muitas criticas em relação a obrigação da compra destas expansões para a continuidade e isso criou um estigma em Destiny. Uma marca que desqualificava o jogo e fez com que muita gente nem sequer desse uma chance para ele.

Mas o que era mais estranho é que Destiny sempre acumulou prêmios e, mesmo com suas expansões, sempre teve um bom número de jogadores. Então, porque ainda existe este estigma?

Quebrando estigmas

Destiny foi o primeiro grande lançamento de um FPS com elementos de MMO. Tínhamos então um shooter, com elementos de RPG e com milhões de jogadores online. Mas isso não entra na cabeça da galera, que ainda compara Destiny a jogos single player e suas expansões mais “brandas” em preço e com mais “conteúdo” em lore. Mas a conta não deveria ser feita desta maneira.

Muitos jogos hoje se utilizam de passe anual ou passe de temporada em seus jogos, que nada mais é do que uma expansão. Eles costumam acrescentar, as vezes, alguns personagens, equipamentos e cenários. Geralmente são jogos focados no PvP e custam algo em torno de R$60 a R$100 em média, alguns mais outros menos. Mas só Destiny é condenado neste quesito. Sim, os preços aqui no Brasil ficam bem salgados e entendo o dano que isso causa aos nossos bolsos. Entretanto o calor que se paga é por mais conteúdo e por uma experiência ainda maior do jogo. Enquanto outros games só oferecem coisas circunstanciais.

Outro fator que o jogador de console teve que se adaptar é ao de end-game. Muitos focavam na experiência inicial de Destiny e em sua campanha, muitas vezes curta, e não se ligavam que Destiny é um jogo de end-game. Então a maioria das experiências são vivenciadas depois do fim da campanha. E Destiny é um jogo multiplayer, uma experiência para se viver junto a amigos, seu clã e outros players. O foco dele é esse e te traz atividades cooperativas, PvP com muitos cenários e objetivos diferentes e que trazem horas e horas de diversão.

Destiny 2: Renegados X Destiny: O Rei dos Possuídos?

Se você se atentar as críticas que o jogo recebe, dificilmente verá algo relacionado ao gameplay em si. Claro que a cada lançamento de novos equipamentos ou habilidades, pode ser necessário certo balanceamento, mas isso acontece em qualquer shooter ou jogo competitivo. O visual de Destiny também é muito bonito, sua ambientação e seus personagens. Além da trilha sonora que é super bem cuidada e geralmente tem até uma orquestra para compô-la.

Assim, desde que a Bungie lançou Destiny, ela criou um universo onde muitas pessoas vivem, se encontram e se divertem muito. Até um evento próprio, feito pelos fãs, existe nos E.U.A, o GuardianCon. Há vários pontos positivos que colocam Destiny num panteão dos grandes shooters já lançados na história dos games. Talvez meu lado fã acabe ressaltando algumas coisas, mas esse mesmo lado não me deixa encobrir os erros que Destiny cometeu através dos anos.

Destiny sempre teve um lance conturbado no “por trás das câmeras”. Problemas com a equipe prejudicaram o lançamento do primeiro game, e desde então o sistema de expansões foi implementado. E ai mora todo o rage sobre Destiny. Muitos reclamam de que a Activision te obriga a comprar as expansões para haver progresso no jogo. De fato, isso acontece, se você quer ver mais das histórias que Destiny tem a oferecer, você terá que adquirir a próxima expansão. Mas o que mais me incomoda neste sistema até agora, é que as expansões variavam muito, algumas com bom lore, mas implementações de gameplay fracas ou vice-versa. Então a cada nova expansão vinha uma nova surpresa e muitas vezes uma nova decepção. Mas uma expansão quase escapou ilesa e até setembro de 2018 era a minha preferida, e de muitos fãs de Destiny:

O Rei dos Possuídos (The Taken King)

Nela tivemos umas das raids mais amadas/odiadas de todo o Destiny. Foi a primeira expansão de aniversário de Destiny e foi nela que o jogo virou. Lá eles arriscaram e criaram tudo o que mais gosto em Destiny. Segredos, caça por coletáveis, eventos cooperativos desafiadores, design matador e jornadas instigantes e difíceis. O Rei dos Possuídos nos trouxe tudo aquilo que Destiny deveria ser, um shooter estranhamente complexo. Nada devia ser simples, a graça de Destiny estava ai. E ele não era difícil simplesmente por ser e nem te tirar o tesão de jogar pela dificuldade. A dificuldade que eu encontrava em Destiny sempre me impulsionou a jogar mais e descobrir mais. E o multiplayer ajudou muito nisso.

Você cria laços no jogo, com seu esquadrão, mesmo no matchmaking, com seu clã, seus parceiros de incursão. Cada conquista é compartilhada, cada vitória no Crisol é celebrada, a primeira vez que se conclui uma raid na companhia dos seus fellas é algo indescritível.

E a comunidade de Destiny, no mundo todo, se une cada vez que um novo mistério aparece e juntos lutam para soluciona-lo. Isso já estava presente desde o começo de Destiny, mas em O Rei dos Possuídos atingiu seu ápice.

E isso nos traz novamente a Destiny 2: Renegados.

 Destiny 2: Renegados é a melhor expansão já lançada?

Afirmar isso tão cedo talvez seja um erro. Mas se há o questionamento com apenas duas semanas da expansão lançada, sim, ela pode ser a melhor expansão de Destiny. Hoje, como apresentei acima, temos um ponto de comparação, que é o Rei dos Possuídos e dai conseguimos tirar nossas conclusões.

Até agora Destiny 2: Renegados tem se mostrado uma excelente expansão, confesso que as duas últimas tinham pontos interessantes, mas me decepcionaram muito quanto a tudo que vem sido trabalhado desde o primeiro jogo. Ás vezes me parece que as equipes de desenvolvimento da Bungie não conversam entre elas. Eles tratam Destiny mais como uma antologia do que como uma obra em constante evolução. Mas ao que parece a lição foi aprendida e isso já ficou claro para mim no final de julho, quando foi disponibilizada a quest da Sussuros Vermicular, umas das melhores armas do jogo, atualmente. Lá você via muito do que O Rei dos Possuídos era e demonstrava a intenção da Bungie de voltar para os trilhos.

Não vejo muito problema em gastar com as expansões de Destiny, mesmo porque senão for com Destiny estarei gastando com outro jogo. Mas quero um material sólido e que agrade os fãs da franquia, e não novos jogadores que nem se dão ao trabalho de chegar ao end game e ficam metendo o pau no jogo sem ter toda a experiência.

Destiny 2: Renegados veio com a melhor experiência end game já vista na franquia. Pela primeira vez temos uma área inteira…

SÓ DE END GAME!

Itens misteriosos e o reset semanal nos traz novos desafios, que variam de semana a semana. Todos os dias temos atividades diferentes que nos ajudam a subir inda mais nosso poder. Os itens voltaram a ter drop aleatório, mecânica do primeiro Destiny que jamais deveria ter saído do jogo. A história da campanha é bem satisfatória, e durante ela você embarca em missões temáticas focadas em cada um dos Barões (chefões).

O gameplay também foi afetado, mas de maneira positiva. Temos novos menus, mais facilidade para perseguir objetivos e um controle maior sobre os itens que temos, mudança no sistema de MODS. Além de ter havido uma reformulação na classificação de armas, alterando completamente a maneira como se jogava Destiny 2 até agora. E a busca por itens coletáveis nos planetas voltou! Além de que, agora você tem que administrar muito melhor seu inventário e a maneira como fará a infusão das armas, tornando assim a evolução do personagem mais lenta e desafiadora. E ainda temos o Artimanha, novo modo hibrido de PvP e Pve.

E o ponto alto, até agora, foi a incursão (raid), O Último Desejo. A Bungie tem tradição de estourar uma pipoca e a equipe inteira acompanhar pela Twitch para ver quem será a primeira equipe a terminar a incursão. E desta vez levou quase 19 horas para que ela fosse completada, com milhares de pessoas acompanhando vários streamers diferentes ao mesmo tempo, pra saber quem então terminaria primeiro.

Isso porque Destiny 2: Renegados ainda tem muitas surpresas pelas frente. A Bungie já prometeu que irá manter as coisas “estranhas”, então podemos esperar muitas quests e mistérios como foi a Sussuros no ANO 1 de Destiny 2.

Conclusão Destiny 2: Renegados

Entramos na terceira semana de Destiny 2: Renegados e as coisas já não como no começo. Muita coisa já mudou no ambiente e nas missões e muita coisa ainda vai mudar. Essa rotação, essa imprevisibilidade inicial está mantendo o jogo com um hype muito elevado, e justificado. Estou amando cada segundo que jogo, seja em atividades PvP (crisol tá bem mais delícia) ou PvE cooperativos, como é o Poço atualmente, me lembrando muito os tempos de Corte de Oryx.

Se você tem alguma ressalva em jogar Destiny 2: Renegados, esqueça-a. Se você jogou Destiny 1 está estava esperando um grande motivo, ai está. Então não precisa mais esperar! Gosta de um bom shooter, PvP ou atividades cooperativas? Destiny 2: Renegados é seu jogo! Aproveite porque agora todas as expansões juntas estão muito mais baratas e você não fica pra trás se pegar agora.

Venha nos encontrar e receber a luz do Viajante. Vamos juntos compartilhar experiências e derrotar uns monstros. Porque agora, Destiny 2: Renegados está sensacional!

Você pode adquirir Destiny 2: Renegados nos links abaixo:

*Destiny 2: Renegados foi testado no Playstation 4 Pro e no PC.

David Bueno

Especialista em games, tecnologia e cultura geek. Com mais de 5 anos de experiência nesse mercado, trabalhei com empresas e projetos de diferentes tamanhos e segmentos, desde pequenos desenvolvedores indie até grandes estúdios de jogos e marcas renomadas. Sou formado em Análise de Sistemas e tenho certificações em diversas tecnologias e softwares relacionados a games e tecnologia.